Bragança e o seu Castelo Altaneiro

Mea culpa, mea culpa…há muito que deveria ter feito o relato da viagem a Bragança, a cidade onde nasceu a universitária e que ela ainda não conhecia!!! É isso mesmo, saiu de lá com três semanas e nunca mais voltou…
Aproveitando o fim-de-semana da Páscoa, lá fomos nós: pintaresco, universitária, eu giesta e os amigos Beatriz e Florindo, que estão sempre prontos para a passeata!!!
Saímos quinta-feira de manhã, apanhámos um safado de um trânsito, ali por alturas de Fátima (há que tempos que andam com trabalhos na via…) mas a demora foi compensada com um belo almoço de leitão da Bairrada, delicioso e estaladiço.
Lá continuámos a viagem, subindo, subindo… quando o bólide do pintaresco começou a não desenvolver, mostrando uma mensagem muito elaborada e que queria dizer “avaria no catalizador”… que fazer??? Íamos em plena serra, o carro poderia parar a qualquer momento…então descemos para a Régua e aí o pintaresco desencadeou o processo de substituição da “viatura”… veio um reboque, depois um táxi, (no tempo de espera ainda fizemos o reconhecimento da zona) que



nos conduziu até Vila Real. Aqui chegados ainda demorou a escolha de outro carro (éramos cinco e montes de bagagem) e lá seguimos para Bragança. Nestes transbordos perdeu-se um chapéu da Beatriz, lindo e próprio para o frio, mas que, felizmente, não fez falta.

Claro que chegámos bem tarde a Bragança e sem disposição para sairmos, pelo que decidimos jantar no Hotel. Que cena!!! Um Hotel de **** construído com materiais caros, mas despido e de um desconforto inacreditável para a categoria. O serviço era péssimo, tapetes e candeeiros não existem, mini-bar nos quartos… também não, pequeno-almoço fraco, enfim, não é de recomendar, mas também… era só para dormir!!!

Bragança surpreendeu-me pela positiva. A zona histórica está muito bem arranjada, há óptimos restaurantes, lojas simpáticas (dá para acreditar que até comprámos roupa? e não só, também comprámos umas aguarelas bem bonitas numa Galeria de Arte). A cidade cresceu imenso, nalguns lados com alguma desordem, é verdade, mas noutros com indiscutível bom gosto. A cidade estava com bastantes turistas e os arredores são dignos de uma visita. Num só dia estivemos em Portugal, França (nome de uma aldeia) e Espanha (visitámos Puebla de Sanábria, uma terra antiga com monumentos bonitos e bem conservados e um estilo de vida bem espanhol). Do lado português visitámos Montesinho, Rio d’Onor, Guadramil e Gimonde (ai o Restaurante Típico D. Roberto, que maravilha!!!).
Na cidade de Bragança pode destacar-se o Largo da Sé, onde se encontra o Restaurante Solar Bragançano, o escolhido para o almoço de Sábado (e ficámos a saber que na semana anterior tinha lá estado um grupo VIP, com alguns governantes de Portugal e Espanha, na área do Ambiente). A zona do Castelo, incluindo a Domus Municipalis, está muito bem arranjada a merecer uma visita especial e o Museu Abade de Baçal também agradou. Não consegui descobrir as casas onde tínhamos morado, pois o tempo foi pouco para fazer a pesquisa… já lá vão tantos anos… mas encontrámos o Hospital onde a bragançana nasceu e que é, actualmente, o Lar da Misericórdia para a terceira idade. E fomos à Pousada, onde a Beatriz e o Florindo pagaram 5€ por dois cafés… mas nós aproveitámos a maravilhosa vista que se alcança do terraço.

Conclusão: demos passeios lindíssimos e a universitária tem razões para ficar orgulhosa da terra onde nasceu… e o antigo hospital até que está com bom aspecto, não acham? Mas, ela própria admitiu que, possivelmente, não voltará!!!

Eu, sinceramente… sou bem capaz de voltar... para procurar as casas!!

E o regresso foi por Lamego!!!