Palácio Nacional de Mafra

Durante a nossa estadia na Ericeira, aproveitámos para visitar o Palácio Nacional de Mafra. Este imenso monumento foi mandado construir pelo rei D. João V, em cumprimento de um voto, tendo a primeira pedra sido lançada no ano de 1717. Uma parte do edifício destinou-se a um convento que veio a ser habitado pela Ordem de S. Francisco da Arrábida e mais tarde também pelos frades da Ordem de Santo Agostinho.

No reinado de D. João VI a família real instalou-se no Paço de Mafra (entre 1806 e 1807), altura em que o Palácio atingiu o seu máximo esplendor, encontrando-se recheado de imensas riquezas provenientes da Europa e do mundo.

Devido às invasões francesas, a família real retirou-se à pressa, levando para o Rio de Janeiro tudo o que havia de melhor em Mafra: louças, pinturas, tapeçarias, mobiliário. As tropas francesas acabaram por fazer do Palácio o seu quartel-general!

Só mais tarde, nos reinados de D. Maria II, D. Pedro V e D. Luís, a família real passou alguns períodos em Mafra, mas os nossos monarcas sempre tiveram preferência pelos palácios de Queluz e de Sintra. O rei D. Carlos, no entanto, deleitava-se a caçar javalis na tapada de Mafra!

D. Manuel II, o nosso último rei, passou aqui a última noite do seu curto reinado. Com o advento da República, proclamada em 5 de Outubro de 1910, o velho Paço, há muito desprovido do seu antigo esplendor, é transformado em museu, passando a designar-se oficialmente por Palácio Nacional de Mafra.

Ali perto, da Ericeira, a família real partiu para o exílio.