RESIDENCIAL MEDROSA

Águas Correntes Quentes e Frias, Comida Caseira, Tratamento de Roupas - Não tem Livro de Reclamações

sexta-feira, abril 23, 2010

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"No fim desse Outono, Michel decidiu que a pequena, naturalmente robusta e a quem o ar do mar tinha feito optimamente, estava capaz de suportar a viagem, nessa época bastante longa, entre o Mont-Noir e a Côte d'Azur. Foram a Lille, onde uma Noémi mais desagradável e mais sarcástica do que nunca ofereceu hospitalidade por essa noite, já calafetada para o Inverno na bela casa de família onde nada mudara durante cinquenta anos. No dia seguinte tomaram o rápido para Paris, numa confusão de malas, caixas de chapéus e embrulhos devida, em parte, à presença de duas criadas de que o senhor de C. julgava necessárias para a criança. Para evitar o perigo de várias doenças contagiosas inseparáveis das camas de hotel, levavam também a minha cama de grades com o colchão, os lençóis e os cobertores.

Param em Paris, onde dois dias chegam para restabelecer entre Michel e Jeanne um pouco do calor calmo da sua intimidade de Scheveningen. Também Jeanne se prepara para partir; acompanha Egon a Sampetersburgo, onde um ballet do jovem músico, o Cheval Blanc au Bord du Lac, vai começar a ser ensaiado apesar da música quase escandalosamente nova. O jovem compositor não se apercebe das intrigas que se tramam e dos conflitos que se preparam nesse mundo de chefes de orquestra, coreógrafos e bailarinos a favor e contra o recém-chegado que ele é. Sempre fiel ao mesmo tempo a todos os que ama, Jeanne prometeu a Michel, quando voltasse da Rússia, vir passar alguns dias ao Sul para julgar por si própria a sua instalação de homem só com as criadas e a criança. Impetuoso como sempre, e baseado apenas num anúncio, o senhor de C. alugou por cinco Invernos a Vila das Palmas."

Página 101
O QUÊ? A ETERNIDADE
Marguerite Yourcenar

DIFEL Difusão Editorial Lda Lisboa

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4 Comentários:

Às 6:59 da tarde , Blogger - 1/2 Kg disse...

Gostei muito desse livro. Aliás houve uma época em que eu devorava tudo o que fosse da Yourcenar. Ainda hoje é uma das minhas autoras preferidas.

 
Às 3:01 da tarde , Blogger Gaivota Maria disse...

Cara irmã Gaivota do Sul
Então como vai essa lesão? Esperemos que melhor se bem estas coisas surgem de repente e para irem é uma trabalheira. Um beijo e boa recuperação

 
Às 4:26 da tarde , Blogger giesta disse...

Obrigada, Gaivota Maria, o problema é que não surgiu de repente, já cá anda há muito tempo e agora é mais complicado de tratar. A solução que o médico dá é a operação, mas eu, francamente, não estou para aí virada... para já, estou indecisa entre fazer um tratamento termal ou ir até ao Porto Santo. E entretanto tenho que deixar muitas das "actividades domésticas" que contribuíram para esta situação.
Um beijo e obrigada

 
Às 11:18 da tarde , Blogger Gaivota Maria disse...

Como o meu problema não foi de tendões, mas foi mesmo de esqueleto, náo posso opinar. Mas a minha experiência já me informou que por vezes mais vale a faca do que prolongar o sofrimento. Termas desinflamam, não cozem tendões. Tenho um cá em casa com um problema semelhante ao meu e quer ir para Porto Santo. Julgo que a areia de lá assim como não reconstrói tendões, não implanta fémures. Um beijo grande e tudo de bom para si, minha irmã de voos.

PS Já li os Nocturnos. Não me impressionaram demasiado. Agora vou para a Yourcenar.

 

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