RESIDENCIAL MEDROSA

Águas Correntes Quentes e Frias, Comida Caseira, Tratamento de Roupas - Não tem Livro de Reclamações

domingo, julho 15, 2007

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http://ternurados30.blogspot.com/2007/07/o-vero.html
Esta época do ano traz muitas memórias... Principalmente os cheiros! Esta semana dei comigo a dizer: "Cheira a férias de verão!"...
Naquele tempo tinham-se 3 meses de férias!
O sinal de que a maratona de não fazer nada ia começar era o acampamento do colégio. Era sempre na última semana de escola e íamos todos juntos para Góis (nos últimos anos...). Era um espectáculo! Ia morrendo afogada algumas vezes nos tanques das hortas ou no rio... é que tinha a mania que era campeã! Assaltavamos o refeitório durante a noite para comer Nestum, atormentávamos o Rui Pedro, caçavam-se gambozinos pelas matas na última noite... e esta era a única ocasião em que eu chorava (borradinha de medo!).
Depois vinha a malfadada colónia de férias da EDP, onde o meu Pai trabalhava... era a pior parte das férias. DETESTAVAAAAAAA! Obrigavam-nos a vestir saias de lã que picavam com um calor infernal, davam-nos refresco de café e dobrada a torto e a direito, tinhamos que ir à missa ao domingo e não podiamos falar com os nossos pais . Aquilo era uma tortura, mas o meu Paizinho achava que era giro... hehehehe! Lembro-me que chorava todos os dias antes de dormir... (ena que isto está dramático!). Só me lembro de 2 coisas boas: o salame de chocolate que faziam se alguém fazia anos e os livros do Spirou e da Enyd Blighton que eu sacava da biblioteca.
Depois também havia a colónia de férias do IEFP, onde a minha mãe trabalhava e trabalha. Aí as coisas já eram mais pacíficas, porque vinhamos todos os dias a casa. Passeávamos, faziamos trabalhos manuais.... era giro! Eram nessas colónias de férias que tinha a companhia do Nuno Markl! eheheheh
Depois o resto das férias eram repartidas pelo meu Pai e pela minha mãe...
Com a minha mãe, normalmente, as férias eram passadas com os meus primos. Íamos para Quarteira com o meu Tio Adriano, a Tia Céu e as minhas primas Paula e Susana. Também íamos para uma casa (que já foi demolida) na Fonte da Telha. Eu e as minhas primas ficávamos na praia e quando a minha mãe queria que viéssemos para casa, punha um pano da loiça no estendal para nós vermos! Era espectacular!
Também íamos de férias para casa da minha Tia Gisela e do meu Tio Moura. Eles tinham uma barraquita em São Torpes e, mais tarde, na Zambujeira, ao pé da escola. Eu e o meu primo Tiago andávamos sempre às turras, mas era normal. Uma vez dei-lhe uma tareia que fiquei uma semana de castigo sem comer gelados... foi dramático! Mas o puto era uma pesteeeeeeeeeee!!! O mais fixe da Zambujeira é que também encontrava amigos da escola lá: a Rita Cravo, a Marta Pita... enfim!
Mais tarde começámos a ir acampar para o Sitava, perto de Mil Fontes. Eu e o meu primo fazíamos montes de amigos e jogavamos matraquilhos como se não houvesse amanhã!
Com o meu Pai, ía sempre no mês de Agosto. Houve uma ano que fomos para o Barril, noutro fomos para a Zambujeira (onde aprendi a andar na minha primeira bicicleta), mas depois foi Cabanas o destino de eleição. Foi lá que fiz amigos para a vida inteira e vivi os primeiros amores de verão (esses marcos míticos da nossa vida).
Foram 20 anos seguidos e, confesso, tenho muitas saudades desses tempos... As aventuras eram tantas!!! O atravessar da Ria para ir para a Praia, de barco ou a pé, era sempre um mergulho no desconhecido... nunca sabíamos quando é que o barco ia parar a meio do percurso ou, se fossemos a pé, se chegariamos ao nosso destino com marcas de lodo até aos joelhos e sem as míticas sandálias de plástico! Na praia havia as bolas de berlim quentinhas e apanhavam-se conquilhas para o jantar durante a maré baixa (de onde também resultavam alguns escaldões...).
Estes momentos eram partilhados, quase sempre, com a minha Titi, com o Cabézinho e todas as pessoas que iam sempre passando pela casa do Sr. Gonçalves na Rua Projectada. A família Valadares também era presença constante, na casa da Dilar inicialmente, e depois no apartamento que compraram também na nossa Rua.
O Paizão Varzielas era conhecido lá na rua como o Padeiro... mas porque era sempre o primeiro a levantar-se para ir comprar as coisas para o pequeno almoço e o jornal, fazendo soar a sua voz discreta pela rua toda... eheheheheh.
Também ainda havia tempos para, às vezes, ir até Pias, ao pé de Monção, para casa do meu Tio Silas com os meus primos todos! Eram uns dias no campo, onde tomávamos banho no tanque, fazíamos baloiços de pneus e apanhávamos grandes desarranjos intestinais por comer as amoras directamente das silvas!
Os tempos mudam, nós crescemos, deixamos de ter o luxo de gozar férias 3 meses seguidos, mas só espero, um dia, poder proporcionar aos meus dias tão felizes como os que eu passei!

7 Comentários:

Às 9:54 da manhã , Blogger orelhinhas disse...

Desculpa, M. Mas achei que o texto também deveria estar aqui. Passei-o sem autorização...

 
Às 10:26 da manhã , Blogger M. disse...

oki!

 
Às 11:50 da manhã , Blogger Quarto com vista para o mar disse...

Belas fotos, belas recordações!!!

 
Às 2:45 da tarde , Blogger giesta disse...

Muito giro, o texto e o conjunto fotográfico.
Beijinhos, M.

 
Às 3:22 da tarde , Blogger giesta disse...

M.,duas fotos com o novo look da Tiiii!!!!
Estão giras!!!!

 
Às 6:47 da tarde , Blogger - 1/2 Kg disse...

Bem, e nem sabem o que eram as noites a dormir no quarto com ela, tanto em Pias como em Cabanas. A chifrineira era tal que os ratos do forro da casa da aldeia até se calavam com medo. Não contando com as vezes em que se lembrava de sonhar que estava a andar de mota. Além disso ainda há que referir os grandes esforços a que a minha imaginação era sujeita para contar histórias e inventar brincadeiras... Bons tempos:)

 
Às 8:49 da tarde , Blogger giesta disse...

Imagino...

 

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