Para a próxima prometo outro tipo de literatura :)

"Este fenómeno desempenha um papel crucial nas estrelas. Uma estrela pode ser considerada como uma quantidade tremenda de partículas, sob a forma de átomos, núcleos e electrões, amontoados sob a sua própria atracção gravitacional. Estas partículas estão a deslocar-se, colidindo constantemente umas com as outras, e o seu movimento colectivo não é mais do que a temperatura da estrela. Ora, se a estrela se contrair, o movimento das partículas tem de aumentar para a manter estável, e, como vimos, e energia gravitacional diminui. O resultado líquido é que emite energia, possivelmente sob a forma de luz. Assim, ao brilhar, perde energia, e ao perder energia, aumenta a sua temperatura. Com base neste cenário, iremos inferir que durante a sua vida uma estrela vai ficando cada vez mais quente à medida que vai ficando cada vez mais pequena. A realidade não é assim tão simples, mas a ideia de que uma estrela em contracção aquece ao longo do tempo ajuda-nos a perceber muitos dos processos que ocorrem."

In "O Estado do Universo", Pedro G. Ferreira, Editorial Presença, 2007, pag. 100. linhas 31-43